Apenas para registar...
Competentes para se aliar ao patrimonialismo.
Usando
a terminologia do líder nunca, jamais, em tempo algum, políticos no governo
fizeram um trabalho tão profundo de aproximação entre grupos empresariais e
estruturas de poder no governo federal. Bom, talvez seja exagero, já que não
sabemos ou sabemos pouco das relações de poder na mega construção de
Brasília. Seja lá como for, do sabido os
bilhões desviados para enriquecimento próprio ou das empresas são um número
considerável, especialmente quando o Estado se apropria de mais de um terço da
renda do trabalho das famílias brasileiras.
Incompetentes
para governar.
Lá
trás, na posse do primeiro mandato a impressão era de que Dilma faria aquilo
que interessava a Lula: esquentar a cadeira. Não esperávamos nenhum milagre de
genialidade do poste da hora. Imaginávamos um governo apenas medíocre, com
baixo crescimento, mas Dilma precisava ser Dilmas e resolveu botar em prática
tudo que a esquerda propugnava em termos da ação do Estado nas finanças
públicas e na gestão da economia. O poste esqueceu da principal lição do Mestre:
apenas diga que vai fazer...não faça. Schumpeter décadas atrás fez um achado
econômico relevante: os momentos de queda do ciclo de crescimento do
capitalismo cumpriam um importante papel de renovação tecnológica. A crise destrói
o capital físico e sua tecnologia antiga e a retomada traz para a nova cena novo
capital físico revigorado pelas novas tecnologias. É o que ele chamou
apropriadamente de destruição criativa. A
destruição criativa cumpre um importante papel no ciclo de crescimento
capitalista, pois agrega mais produtividade e competividade ao processo,
produzindo riquezas com maior velocidade. Dilma inovou no terreno da teoria
econômica...criou a destruição
destruitiva. Em seus dois mandatos o poste
que pensa conseguiu nos lançar de volta ao passado ao ponto de muito
começarem a imaginar que não se trata mais de uma recessão e sim de um processo
depressão da economia. Talvez a melhor imagem dessa depressão seja a destruição destruitiva que irá se
instalar em decorrência, tanto da total falta de confiabilidade por parte dos
agentes econômicos, quanto pelas sucessivas previsões de recuo do PIB. Não é
tarefa para qualquer um acumular um recuo no produto de mais de 7% somados o
ano de 2015 e as previsões de 2016.
Incompetentes
para se defender.
É incrível,
mas é verdade. Os petistas conseguiram num mesmo dia acumular três fantásticas
mancadas: As duas primeiras de autoria do homem de Lula no controle (?) do
governo Dilma, Jaques Wagner. Na primeira Wagner divulgou um tal Manifesto dos
Governadores do Nordeste contra o impeachment. Nada demais, já que Dilma se
elegeu na região. Só esqueceram de combinar com os russos e o governador de
Pernambuco veio à público informar que não assinou o manifesto; a segunda foi
quando Wagner liberou a informação que Temer iria ajudar na defesa de Dilma. Seria bom, já que Temer é
constitucionalista respeitado nos meios jurídicos e acadêmicos. Bola fora.
Temer negou publicamente que tenha feito o que Wagner lhe atribuiu. Aliás, é
bom lembrar que Dilma fez seu pronunciamento ao largo do vice-presidente. A
terceira mancada foi dos parlamentares do PT que recorreram ao Supremo para
sustar o processo de impeachment e decidiram retirar o MS quando souberam que
iria para o Ministro Mendes. Conseguiram outro feito inédito do mesmo partido
ofender gravemente a corte em menos de um mês. Lembrando que Delcídio, ainda
líder do governo no Senado, declarou que resolveria
seus problemas no Supremo. O constrangimento foi tal que Adans, AGU, em
entrevista esta manhã de sexta na CBN, provocado pelo repórter sobre a retirada
do MS, pisando em ovos teve que reconhecer o equívoco, elogiando a competência
do ministro Mendes.