Correm as horas e não se
anuncia o novo Ministro da Fazenda. As especulações são de todo tipo, mas convergem
na avaliação de que o novo ministro será alguém que não deverá ser tão apegado
à austeridade, preocupado com economias num momento onde a presidente e seus
chegados preferem gastar para tentar salvar o pouco que sobrou do fantasioso
projeto petista que pretendia transformar o Brasil em primeiro mundo no curto
prazo, por meio de atalhos e muito discurso redentor.
Assim como não sabemos quem
será o novo ministro, também não sabemos que coelho será tirado da cartola para
sustentar o projeto. Realmente o histórico passado e a conjuntura presente,
dentro e fora do país, não sugerem otimismo.
Também não sugere otimismo a
insistência nas trapalhadas orçamentárias. Agora mesmo o Congresso Nacional foi
capaz de aprovar uma Lei Orçamentária Anual da qual tem-se quase certeza que
não cumprirá sua meta de 0,5 de superávit, como também incorpora uma receita
tributária, CPMF, que sequer foi autorizada legalmente pelo mesmo Congresso. É
ou não é o Samba do Criolo Doido? Dilma não está sozinha na sua
irresponsabilidade.
Dizem que as instituições da
democracia estão sendo postas à provam e que resistem. O problema é que as
instituições da economia dependem de confiança e projetos legítimos. O governo
Dilma estrebucha e esperneia, mas não consegue levar aos agentes econômicos,
não estamos falando apenas do mercado,
nem uma coisa e nem outra. A sensação de todos que não estão imbuídos no
espírito neoevangélico petista é de desorientação, desorganização e ausência de
rumos. A questão é por quanto tempo mais as instituições econômicas resistirão
e se as instituições democráticas irão aguentar o baque.
Há risco no ar.