sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

REI MORTO, REI POSTO




Correm as horas e não se anuncia o novo Ministro da Fazenda. As especulações são de todo tipo, mas convergem na avaliação de que o novo ministro será alguém que não deverá ser tão apegado à austeridade, preocupado com economias num momento onde a presidente e seus chegados preferem gastar para tentar salvar o pouco que sobrou do fantasioso projeto petista que pretendia transformar o Brasil em primeiro mundo no curto prazo, por meio de atalhos e muito discurso redentor.
Assim como não sabemos quem será o novo ministro, também não sabemos que coelho será tirado da cartola para sustentar o projeto. Realmente o histórico passado e a conjuntura presente, dentro e fora do país, não sugerem otimismo.
Também não sugere otimismo a insistência nas trapalhadas orçamentárias. Agora mesmo o Congresso Nacional foi capaz de aprovar uma Lei Orçamentária Anual da qual tem-se quase certeza que não cumprirá sua meta de 0,5 de superávit, como também incorpora uma receita tributária, CPMF, que sequer foi autorizada legalmente pelo mesmo Congresso. É ou não é o Samba do Criolo Doido? Dilma não está sozinha na sua irresponsabilidade.
Dizem que as instituições da democracia estão sendo postas à provam e que resistem. O problema é que as instituições da economia dependem de confiança e projetos legítimos. O governo Dilma estrebucha e esperneia, mas não consegue levar aos agentes econômicos, não estamos falando apenas do mercado, nem uma coisa e nem outra. A sensação de todos que não estão imbuídos no espírito neoevangélico petista é de desorientação, desorganização e ausência de rumos. A questão é por quanto tempo mais as instituições econômicas resistirão e se as instituições democráticas irão aguentar o baque.

Há risco no ar.